sexta-feira, 21 de agosto de 2009


As denúncias recebidas pelo presidente do senado, José Sarney, que apontam praticas de nepotismo, contas secretas no exterior desvio de recursos públicos e irregularidades administrativas, já o teriam tirado do cargo não fosse à blindagem a ele conferida pelos senadores Renan Calheiros e Fernando Collor e por um PT claramente motivado pelas próximas eleições.

O passado de inimizade de Renan Calheiros, Fernando Collor e José Sarney, que já se acusaram mutuamente de corruptos, não os impediu de traçar um plano, baseado na chantagem e na coação, para manter o presidente do senado no cargo. Utilizaram-se do controle que o PMDB, partido de Sarney, tem sobre a CPI da Petrobrás, cujos efeitos poderiam ser desastrosos à candidatura da petista Dilma Rousseff a presidência da república, para ameaçar o governo, fazendo-o cerrar as fileiras em torno de Sarney.

O resultado foi o apoio incondicional do presidente Lula a José Sarney e as decisivas ações do PT a favor do arquivamento das denúncias no conselho de ética.

Outro ponto importante do plano traçado pelo trio foi o de coagir e desmoralizar os acusadores de Sarney. Sua prática está na declaração de Fernando Collor, “São palavras que eu não aceito, e que quero o senhor as engula e as digira como julgar conveniente”, dirigida a Pedro Simon, que mesmo peemedebista se posiciona contra a permanência de José Sarney, e nas quatro representações no conselho de ética contra o líder do PSDB, Arthur Virgilio, que manteve em seu gabinete um funcionário Fantasma.

Com o governo pressionado e a oposição coagida, os fatos seguintes foram previsíveis. O presidente do conselho de ética, Paulo Duque, arquivou sumariamente as denúncias contra o líder do senado. A oposição recorreu, mas, acabou cedendo a um acordo que, por votação unânime, arquivou as denúncias contra José Sarney e Arthur Virgilio.

Por fim, não há ética alguma no conselho de ética, o patrimonialismo e os interesses pessoais ainda movem a política brasileira e o acordo situação_oposição mostra que, as práticas corruptas são as mesmas dos dois lados e, enquanto isso durar, a chantagem e a coação continuará encobrindo e protegendo o nepotismo, as contas secretas no exterior, os desvios de recursos públicos e as irregularidades administrativas.


*A charge genial acima é do Angeli*

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Rir ou chorar?

O presidente do senado, José Sarney, em discurso no plenário esta manha, deu novamente vazão a sua veia humorística. Utilizando-se das palavras do filósofo romano Lucius Aneu Séneca, o senador declarou-se injustiçado; "Séneca dizia que a injustiça somente pode ser combatida com três ações: o silêncio, a paciência e o tempo". Sinceramente, creio que essas palavras se encaixem melhor ao povo brasileiro, tão injustiçado e ferido pelas mãos de homens como Sarney mas, de qualquer forma, a declaração me fez rir.
Não satisfeito, o supremo coronel maranhense defendeu sua conduta, sempre pautada em princípios morais; "Jamais pratiquei qualquer ato que não se amparasse na ética e na lei", essa foi a melhor desde "A crise do senado não é minha", concorda? Resta-nos saber de que ética e de que lei ele estaria falando.
Continuando seu discurso, afirmou que a imprensa tem feito campanha contra ele. Contudo,acredito que o autor de tal campanha negativa seja ele mesmo, através de suas ações corruptas e declarações tão desrespeitosas com a população que beiram um humor tão escrachado quanto a roubalheira que ocorre em Brasília.

Quem quiser conferir o discurso na íntegra, está aqui o Link:




quinta-feira, 16 de julho de 2009

Dependência: A grande Vilã do Aquecimento Global




Hoje, lendo uma matéria sobre aquecimento global, me dei conta de que, eu ja sabia mais sobre o assunto que a tal matéria poderia me dizer. Essa pauta se tornou tão recorrente em nosso dia-a-dia que, é raro conversar com alguém que não esteja informado sobre o tema.
Contudo, as emissões dos gases responsáveis pelo efeito estufa continuam crescentes, o que me leva a crer que o problema não seja falta de informação. Já cheguei a pensar em descrença, mas em conversas com os diversos tipos que frequentam o restaurante de meus pais, conclui que esse também não é o motivo. A razão para continuar-mos contribuindo para um fenômeno tão destrutivo, do qual estamos cientes é, por fim, o nosso apego incondicional ao conforto que nos trouxe a vida moderna.
Ficamos tão dependentes de nossos carros que nos parece um absurdo deixa-los na garagem e ir trabalhar a pé ou usando o transporte público, o que diminuiria nossa contribuição ao efeito estufa. Nos viciamos no consumo excessivo que, nos da estatus ao passo que alimenta as indústrias e suas poluentes caldeiras.
Concluo, portanto, que foram nossas ações que causaram tamanho desequilíbrio e é nossa responsabilidade ao menos tentar reverter o quadro deplorável em que nosso planeta se encontra. E isso se faz mudando os hábitos de consumo, dando preferência a fontes de energia mais limpa como, etanol, biodisel, energia solar, hidreletrica e eolica por exemplo e exigindo de nossos representantes políticos mais apoio a esse tipo de energia. Caso essas mudanças não se tornem uma rotina, as consequências poderão ser desastrosas.
O derretimento das geleiras sobe o nível do mar ano a ano e o efeito previsto é a destruição de milhares de cidades litorâneas, de onde sairiam milhões de refugiados ambientais. Muitos ecossistemas também podem ser danificados, em especial os marinhos, bastante sensíveis a alterações de temperatura. O aumento no número e intensidade de tempestades tropicais, também relacionado ao aquecimento global, já pode ser verificado.
É por isso que as mudanças acima citadas devem ser implementadas o mais breve possível, antes que essas catástrofes passem a fazer parte de nossa vida tal qual nosso consumismo exagerado e nossa dependência do conforto do mundo moderno.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

#ForaSarney

O que mais me impressiona nesses escândalos todos é, a maneira como os políticos brasileiros se colocam acima dos interesses os povo. E não falo só dos recentes atos secretos ou da fundação Sarney e sim, de todos os escândalos que tenho presenciado desde os tempos de infância.
O fato é que, são tão comuns as notícias de corrupção que, nos acostumamos e nos calamos diante delas e, nossos representantes, confiando na impunidade em em nosso silêncio, sentem-se a vontade para roubar o NOSSO patrimônio. Eles dão de ombros para as necessidades e anseios da sociedade e colocam-se acima de tudo isso, como se pertencessem a uma casta privilegiada.
Aceitamos tudo isso por tempo demais e, agora temos a chance de tirar do senado talvez mais sórdida das raposas, José Sarney. Um homem cuja história publica se confunde com a história de pobreza do Maranhão, estado sob o qual a família do Senador tem grande influencia, e com a história de corrupção da política brasileira.

Hoje, das 15:00 as 16:00 horas, ocorreu a passeata virtual #forasarney, onde centenas de pessoas mandaram e-mails clamando" Fora Sarney!" a todos os senadores. Sei que estou um pouco atrasada para isso, mas, creio que nunca é tarde demais para tornar nossa voz ativa!

Então, quem ainda não mandou seu "Fora Sarney!", o endereço dos senadores está aqui, sinta-se a vontade para cobrar mais decência de nossos representantes no senado!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Pérolas do Lula


Infeliz Metáfora

Creio que todos deveriam pensar, ao menos um pouco, antes de falar, em especial quando se trata do líder de um país cuja relevância no cenário internacional é crescente, um país como o Brasil. No entanto, nosso presidente não parece ter se dado conta da importância desse breve instante de avaliação do que se vai falar.
Ele tem nos dado provas disso a tempos e, uns dias atráz, ao comentar a gravíssima crise pela qual Passa o Irã, Lula adicionou a sua, já extensa, coleção uma pérola notável;
" Eu não conheço ninguém, além da oposição, que tenha discordado da eleição no Irã. Não tem número, não tem prova. Por enquanto, é apenas uma coisa entre flamenguistas e vascainos."
É inconcebível que alguém possa resumir as manifestações que levaram milhões de pessoas as ruas de Teerã, exigindo que sua opinião fosse respeitada e que foram violentamente reprimidas pelo governo, a "uma coisa entre flamenguistas e vascainos".
E se os números dos quais o presidente fala estão guardados a sete chaves pelas autoridades iranianas, os indícios fortíssimos de uma fraude estão diante dos olhos do mundo todo.As pesquisas anteriores a eleição, mostravam uma ligeira vantagem do candidato da oposição, no entanto, o candidato do governo, Ahmadinejad, venceu o pleito com 62,6% dos votos contra 33,75% de Mousavi. Uma vantagem bastante suspeita dada as circunstancias.
Por fim, seria melhor que o nosso chefe de estado tivesse guardado a metáfora futebolística para si e, nos poupado de tal constrangimento. Talvez, se ele tivesse pensado, um pouquinho que fosse, antes de vomitar a infeliz declaração, o tivesse feito, contudo, diante do que foi dito, passo a duvidar da capacidade de Luiz Inácio de pensar, ou, quem sabe, ele pense até demais.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Tensão Nuclear I


Jogo Nuclear


O governo norte coreano tem utilizado demonstrações de seu poder nuclear como um escudo a qualquer ataque militar e como forma de conseguir vantagens em negociações internacionais. Esse é o jogo do ditador comunista Kim Jong-il, que tem um grande poderio bélico e o isolamento político do país a seu favor.
É o que mostra a rescente cronologia do país, que em 2006, após seu primeiro teste nuclear, aceitou retomar as conversações_que havia abandonado em 2005_ com o grupo dos seis, Junto à Coréia do Sul, China, Japão, Russia e Estados Unidos, sobre seu programa nuclear.
No ano seguinte, em troca de ajuda internacional, o país aceitou iniciar a desativaçãode seu reator nuclear, sob a supervisão de inspetores estrangeiros.
Seguindo o mesmo padrão, em 5 de abril deste ano, a republica testou o foguete Teapodong 2, com alcance para atingir o Alasca, contrariando a resolução da ONU que proibia esse tipo de teste no pais.
As provocações seguiram com o anuncio de que a Coréia do Norte voltara a produzir combustível nuclear e culminaram com o teste nuclear de 25 de maio e com o lançamento de novos foguetes nos dias seguintes.
Dessa forma, Pyongyang espera conseguir mais ajuda estrangeira, em troca de novos recuos em seu programa nuclear, que entretanto, não devem comprometer as ambições nucleares do país.